segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Natal só em família


Essa é a minha família no natal de 2010. A foto de 2011 ainda está na câmera


“Já comprou tudo? Já sim. Tem certeza? Tenho pô, quer ver? Não, mas vai falando ai pra eu ter certeza que você não se esqueceu de nada. Queijo, presunto, frango, arroz, passas, nozes, castanha, maça, cidra, vinho, refrigerante, bacalhau... Pêra ai... Ah, tender, as verduras que você já viu... Pronto, ta tudo aqui. E o peru criatura? Não acredito que você esqueceu justo o peru... Ai Jesus... o peru!”

Corre pra lá, corre pra cá, vai no mercado, compra o maior peru que está à venda, ou o menor, depende da grana disponível, volta pra casa, passa o dia na cozinha preparando a ceia, arruma a árvore e os presentes, reclama com as crianças, vai na venda comprar o que falta, sempre falta alguma coisa, toma banho, manda todo mundo tomar banho e se arrumar, VAMOS CEIAR.
 
Mas antes da ceia tem a ORAÇÃO. A oração que independe das religiões ali presentes e respeita aqueles que ainda não sabem orar, mas ficam quietinhos ouvindo as palavras da matriarca. A oração que agradece por todo o ano que passou, por tudo de bom e ruim que cada um viveu e por mais uma vez estarmos todos juntos no Natal, data em que para alguns é nada, para outros muito, e para nós O DIA.

O dia em que acordamos mais tarde e comemos coisas gostosas, que NOS ABRAÇAMOS e nos perturbamos com a mesma INTENSIDADE, que ouvimos músicas que não gostamos e não reclamamos. O dia em que vemos primos distantes e outros bem próximos, que abrimos presentes ÚTEIS E INÚTEIS, que vemos a alegria no rosto de várias ‘delicinhas cremosas’ e rimos com toda essa farra interminável. O dia em que fazemos amigo SECRETO, SACANA, SAFADO, LADRÃO e todo mundo sai feliz, e enfim o dia em que literalmente nos juntamos para fazer mais uma foto em FAMÍLIA. Da nossa família, do nosso pilar. Daqueles que nunca nos deixarão sós, que mesmo clichê são a base de tudo e referência do que somos e seremos. Tia, mãe, avó, primo, madrinha, pai, comadre, filha e irmão. Somos UM. Ainda que brigões quando a pia está cheia de louça suja, quando a casa tem papel de presente espalhado por todos os cantos e quando um resolve dormir na cama do outro.

E ai de alguém que diga que alguma coisa está errada. Está tudo na mais perfeita ordem. Sabe por quê? Porque é Natal, porque somos família, porque a gente se ama, se entende e acolhe não só os nossos, mas qualquer um que quiser um mínimo de CARINHO E DOÇURA, OU LOUCURA, desses que se preparam o ano inteiro para viver mais um Natal esplendoroso em família.

                                                                                                                                26/12/2011

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