sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Um café para dois



Após desligar o telefone, separei minuciosamente a roupa que usaria naquele fim de TARDE fresco de primavera. Fui ao banho sem a demora de costume, me arrumei sem muito bordar e segui ao local que estava marcado o ENCONTRO.

Cercado de verde e de belezas naturais escolhi a mesa mais afastada do centro do salão, optando por um lugar mais silencioso onde pudéssemos conversar e apreciar o tão famoso pôr do sol. Pedi uma água enquanto o esperava, só pra conhecer o local e pra tentar acalmar os meus PENSAMENTOS que iam e vinham se atropelando sem pedir DESCULPAS depois.

O céu foi perdendo o azul clarinho que manteve ao longo do seu dia e assim deu lugar ao tom alaranjado que tanto se comentava naquela época na cidade. Com raras nuvens que pincelavam a OBRA, o restinho de sol ainda fazia brilhar peles sensíveis que insistiam em se banhar no mar protegido pelo forte. E eu, enquanto sentada à contra luz da PAISAGEM, esperava uma conversa que nunca chegava. Nesse meio tempo, entre pássaros e balançar das folhas de árvores, ouvi trechos de desabafos, projetos de casamentos, choro e riso de criança. E EU ainda divagava em meus muitos pensamentos.

Então, quando o SOL já ia se despedindo sem pressa e eu certa de que toda aquela situação tinha sido em vão, ouvi uma voz não tão grave dizer perto de mim: ‘ – Por favor, um CAFÉ pra nós dois’, enquanto tocava carinhosamente meu ombro e me fazia olhar calmamente para as ESTRELAS que começavam a apontar no céu
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