segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Ih!!! Me apaixonei



Todas as pessoas do mundo se prometem mudanças radicais ao fim de um relacionamento. ‘Não serei mais tão mole’, ‘Ele se quiser que corra atrás’, ‘Mulher gosta de homem cafajeste...’, ‘Homem só da valor quando a mulher é retada, daquelas que pegam no pé’, e a clássica ‘Farei tudo com-ple-ta-men-te diferente’.

Engano. Engano pra tudo isso. A gente se permite enganar porque quer. A gente se conhece, sabe onde e como o sapato aperta e sabe também que ninguém muda. Mesmo depois de sofrer por amor (ou paixão). O máximo que pode acontecer é tentar evitar cometer os erros mais grosseiros e ou grotescos, mas em suma, somo todos iguais quando nos apaixonamos.

No inicio é aquela dúvida do permitir-se ou não, o medo de sofrer de novo. Mas ai vem a melhor parte... A conquista. Isso é uma delícia! O seduzir e ser seduzido. As palavras ousadas, as camisas descoladas, os batons vermelhos vibrantes, os sorrisos enigmáticos, os beijos interesseiros, os abraços absolutamente verdadeiros.

O ser fica pleno quando está apaixonado. Cantarola o tempo inteiro, sorrir idiotamente ao lembrar da pessoa (o que é uma constante, porque até quando o vento passa mais frio você lembra dela), faz planos presentes e futuros e claro, esquece de todas as promessas que fizera a si mesmo tempos atrás.

Apaixonar-se é se entregar sem medo é querer correr riscos, é ser poeta sem saber escrever, cantor sem saber ler, piloto sem saber voar e voar cada dia mais alto e longe nas viagens a dois. É permitir-se viver mais uma vez as maravilhas que os poetas nos descrevem tão bem em seus clássicos. É querer se descabelar na montanha russa e trocar facilmente o passeio de uma roda-gigante por uma ‘viagem’ de tirolesa.

E não se engane caro leitor, se achar que nesse momento eu não estou apaixonada. Venho andado em deliciosas montanhas-russas há algum tempo. Paradoxalmente, suaves e gentis. Ahhhh a paixão que cega... E nos faz ver até o que é invisível aos olhos.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Sorrisos de estações



Numa tarde quente de primavera o telefone toca e ela sem muito crédito interrompe seus afazeres para atender. Uma voz conhecida do outro lado lhe faz abrir um sorriso apaixonado, enquanto sua voz tremula tenta passar uma firmeza casual. Ela sentiu o perfume dele, mesmo sem saber onde poderia estar. Queria sentir o pinicar da barba por sobre os ombros no momento em que seria embalada num abraço. O céu mais azul que o costumeiro abrigava um sol vivo, tanto quanto o coração dela naquele momento.

Cantarolou Chico depois. Assoviou desafinadamente e dançou no corredor enquanto esperava a água ferver pra fazer seu chá. Ela ainda não se dera conta, mas estava estonteantemente apaixonada por aquele rapaz. Sonhava com ele dia após dia. Ameaçava escrever cartas e enviar-lhe com uma foto sua e um pouco do seu perfume floral. Mas o bom senso pedia que ela se controlasse. E assim, como manda os bons costumes, a moça fazia.

Ela lembrou das bocas que beijou, das mãos que segurou, dos caminhos que percorreu ao lado de outros homens que jamais lembrariam a doçura daquele rapaz. Ouviu seu riso em lembranças e sem querer corou as bochechas. Queria, naquele exato momento, poder roubar-lhe um beijo e sair correndo pela rua, assim como as meninas dos anos 20.

Com um riso bobo no rosto, ela seguiu o resto do dia e contou ao diário que ele havia ligado apenas para dizer que estava com saudades. O diário sorriu de volta em palavras que ela ainda não conseguira decifrar. Mas aquele sentimento bom de bem querer, misturado à bossa nova que tocava no rádio naquele momento, a fez adormecer sorrindo certa de que sonharia com ele mais uma vez, e que ali, eles seriam inteiros e felizes até o nascer do próximo sol.  

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Um café para dois



Após desligar o telefone, separei minuciosamente a roupa que usaria naquele fim de TARDE fresco de primavera. Fui ao banho sem a demora de costume, me arrumei sem muito bordar e segui ao local que estava marcado o ENCONTRO.

Cercado de verde e de belezas naturais escolhi a mesa mais afastada do centro do salão, optando por um lugar mais silencioso onde pudéssemos conversar e apreciar o tão famoso pôr do sol. Pedi uma água enquanto o esperava, só pra conhecer o local e pra tentar acalmar os meus PENSAMENTOS que iam e vinham se atropelando sem pedir DESCULPAS depois.

O céu foi perdendo o azul clarinho que manteve ao longo do seu dia e assim deu lugar ao tom alaranjado que tanto se comentava naquela época na cidade. Com raras nuvens que pincelavam a OBRA, o restinho de sol ainda fazia brilhar peles sensíveis que insistiam em se banhar no mar protegido pelo forte. E eu, enquanto sentada à contra luz da PAISAGEM, esperava uma conversa que nunca chegava. Nesse meio tempo, entre pássaros e balançar das folhas de árvores, ouvi trechos de desabafos, projetos de casamentos, choro e riso de criança. E EU ainda divagava em meus muitos pensamentos.

Então, quando o SOL já ia se despedindo sem pressa e eu certa de que toda aquela situação tinha sido em vão, ouvi uma voz não tão grave dizer perto de mim: ‘ – Por favor, um CAFÉ pra nós dois’, enquanto tocava carinhosamente meu ombro e me fazia olhar calmamente para as ESTRELAS que começavam a apontar no céu

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Acorda Alice




Acorda Alice... Acorda porque você já não é mais nenhuma menina de 13 anos que pode ficar por ai suspirando platônicamente pelo rapaz do terceiro ano. Onde já se viu, uma mulher de 28 anos, quase 29 já, se apaixonar por um sorriso bobo, lindo, descarado, encantador, suave, verdadeiro...

Acoooorda Alice... Já não disse que é pra acordar menina?! Levanta desse chão frio, vai lavar uma bacia de roupa, vai ocupar a mente com coisas úteis, e para de pensar no tal moreno de mãos firmes e corpo definido. Até porque, você só o viu duas... três... quatro vezes no máximo! E se apaixonar por um alguém que mal se sabe o nome é o fim da picada.

Isso é permitido pra sua sobrinha de 15 anos que olha pro professor de redação e acha que ele é o perfeito Christian Grey, esquecendo completamente do contrato... Isso lhe foi permitido quando você beijou pela primeira vez o menino por quem foi apaixonada desde a infância. Passear nos seus pensamentos em praias desertas, shows românticos e balões no deserto. A tal da paixão platônica Alice, é permitida pra quem não sabe o que é paixão de verdade... Pra quem não sabe o que é ter o sentimento correspondido... Pra quem ainda sonha com o príncipe no cavalo branco. Mas pra você?! Francamente.

Você não sabe onde ele mora, o que faz da vida, se é casado ou tem filhos. Nem o número do whats app dele você tem Alice!!! Nem sofrer pelo duplo tique de visualização você não pode menina. Acorda... Esquece aquele sorriso. Apaga aquela foto roubada e volta a viver. Esquece que ele é de fato elegante, educado e encantador. Esquece que agora você é apenas Alice e ele... Ele é um rapaz que esbarrou em você na rua movimentada, derrubou todos os seus livros e enquanto te ajudava deixou cair sem querer o cartão de onde trabalha. Esquece que ele lhe sorriu em retribuição ao seu sorriso. Acorda... Acorda e volte a sorrir pra sorrisos que lhe sorrirem primeiro.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Smile


Me apaixonei por um sorriso, e sorrio sempre que lembro daquele que pra mim é um dos mais lindos, já para outras é um sorriso de gibi. Sorri. E ela quando disse sorriu também. Gargalhamos. Contamos pra algumas amigas que não contiveram as lágrimas de tanto rir e borraram a maquiagem. Foram perdoadas. 

Em tempos de felicitações de final e início de ano, sorri com muitas mensagens que recebi e com tantas outras em respostas as que eu escrevi. Risos bobos, daqueles que quem vê de longe sabe que alguma coisa boa aconteceu. Mas eram apenas belas palavras... E pra que melhor?

Sorrir é bom, é de graça, gasta menos músculos (assim dizia minha professora de ciências da 6ª série), te deixa mais bonito e encantador. Não foi à toa que eu me apaixonei por Bob Grey (o meu Christian e o Esponja dela). Ele sem querer me encontrou através da minha seriedade e sorriu. Apenas sorriu. Me desarmei. E hoje, por mais que eu tente não consigo ver o tal sorriso sem sorrir junto. Pode ser ao vivo, em fotos ou apenas em lembranças... Sempre esboço o símbolo da felicidade ou deixo sair o meu melhor sorriso. 

Rasgado, lascado, amarelo. De bandinha, Monalisa, banguelo. Tímido, bandido, safado. Inocente, ingênuo, apaixonado. 

Não adianta mentir e dizer que não gosta do seu sorriso é através dele que você se entrega nos melhores momentos da sua vida. Por isso que ando com o meu estampado no rosto e de vez em quando ainda ouço “fecha os dentes menina...”. Fecho não... É tão gostoso sorrir...
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