segunda-feira, 11 de junho de 2012

Meu dia dos namorados



E se ele me desse flores, ou apenas um carinho, se me beijasse agora ou me abraçasse bem devagarinho?
Podia ser uma caixa de chocolates ou só um bombom...  Um livro de romance ou até mesmo um batom!
Uma maquiagem sensual ou um belo salto alto, uma joia engraçada ou um vestido baixo.
Talvez uma ligerie vermelha ou até marrom, contanto que dessa vez ele acerte no tom.
Uma música sem melodia ou uma letra sem dança. Meu cabelo solto ou com uma bela trança?!
Ainda penso no presente que posso ganhar, mas se as mãos estiverem vazias o que devo pensar?
Bar, drink, camarões e lagosta. Não sei não... mas ainda prefiro uma ostra.
Poema, poesia, canção e soneto. Se ele me der um corneto.... Ah... eu aceito!
Aceito um sorvete, um bola e até um peão, mas o que quero mesmo é apenas o seu coração
E este deve ser de chocolate, pelúcia ou papel, contanto que ele esteja comigo em qualquer lugar do mundo, até perdido no meio do céu.
E se eu ganhar flores, abraços, beijos e bombons? Aceito tudo de bom grado e ainda lhe dou um trato para que no próximo dia dos namorados eu lhe apronte um texto bem safado.

domingo, 29 de abril de 2012

Presente perfeito


Sei que faltam algumas muitas pessoas, mas essa foi a primeira com quase todo mundo que encontrei


Éramos nós, não éramos sós, éramos muitos. Éramos três, éramos seis, era uma vez. Era uma história. Somos uma história. NASCEMOS FAMÍLIA! Cada um de uma barriga, de um parto diferente, de anos distintos e de gestações absolutamente desiguais. Mas nascemos. Crescemos, alguns se reproduziram, outros escreveram livros, uns os têm apenas em rascunhos manuscritos e quase todos plantamos árvores de feijão no algodão quando tínhamos cinco anos no pré-escolar. Mas cumprimos a nossa parte.
Acredito eu, que de toda a ‘regra básica’ da vida todos nós cumprimos, mas ouço bem ao longe uma voz ainda embaçada, dizer que falta uma coisa. Me esforço, mas nada consigo captar.

A pró da escola dizia assim: ‘ Todo ser humano nasce, cresce, reproduz, envelhece e morre. Essa é a lei natural da vida meus amores’. Ela só esqueceu de concertar um detalhe. A gente não morre, vira ESTRELINHA do lado de papai do céu e brilha todos os dias, até naqueles beeeem chuvosos, ou mesmo nas cidades grandes e super poluídas.
 
Estrelinha que é estrelinha brilha no escuro, no claro, NO CÉU, NA TERRA E ATÉ NO MAR. Nos adesivos dos cadernos escolares, nos brincos espalhafatosos das adolescentes, no pingente da mulher sedutora, nas costas de algum tatuado e no celular de uma patricinha. Ah, têm algumas que brilham no teto de alguns quartos, essas são chamadas de florescentes.

Mas tem um tipo de estrela singular. Aquela que é plural, que conjuga verbo, que soma e multiplica, que cria jargão, que entende redação, mas não aceita a inflação. Que tenta rimar na hora errada, mas GARGALHA do besteirol bem baiano feito entre amigos num churrasco na varanda de uma casa bastante familiar. Essa estrela que eu me refiro bebe FANTA UVA, usa roupas alaranjadas e come quase tudo, menos caju. Vá entender...

Volto de onde comecei e concluo. Éramos três, éramos seis, éramos muitos. SOMOS MUITOS. Na festa de formatura, no casamento dos alheios, nas partidas de dicionário, nos shows de pagodes, NAS MÚSICAS BREGUINHAS, nas combinações nem sempre comuns de roupas e sapatos, na maneira de dirigir, na escolha da profissão, nos aniversários, na INTIMIDADE- que definitivamente não é uma merda-, nos olhares, nos beijos, abraços e amassos, nos lanches da BUUUUUURGUEEEER KING, nos apelidos carinhosos e nem sempre comuns, no paladar estranho, nas viagens, nas fotografias e nas infinitas coisas que nos UNEM. Até porque nós somos o passado de um futuro mais que presente. Um presente perfeito.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Tapando o sol com a peneira

Eu sou gorda e me assumo como tal, além de usar roupas decotadas sem receios


Ainda lendo um livro de crônicas de Martha Medeiros, uma me chamou atenção (mais atenção na verdade). A autora falava sobre ‘ela’, que nem ousava citar para evitar ‘aparições inesperadas’ em seu corpo. Mas já que eu não tenho medo-receio, ou escrúpulos (entenda como quiser) escrevo aqui sobre o que ela queria dizer: BARRIGA, BARRIGUINHA, PNEUS, PANÇA. E tudo em caixa alta pra entender que eu deveria, mas não tenho problemas com ela. Ou tenho e não sei?

Fui uma criança gorda, uma adolescente muito magra, depois gostosa (aos atuais moldes brasileiros) e agora uma jovem (adulta é muito pesado pra mim) gorda de novo. Obesa por assim dizer. Algumas coisas me incomodam, mas não tanto ao ponto d’eu parar de beber Coca Cola e comer batatas fritas de novo e ficar mais uma vez gostosa de biquininho no Porto da Barra exibindo a minha malemolência.

Deveria, pois sei que gordura não é saúde etc, etc e etc. Mas o que venho falar aqui é sobre o novo termo que é usado para referenciar mulheres GORDAS. Acredito que os homens são mais tranquilos com isso. Na atual novela das ‘sete’ da Rede Globo o autor trabalha com um núcleo de pessoas FARTAS (esse é o termo para evitar o GORDO) e todas elas são muito bem resolvidas, inclusive uma das atrizes é modelo plus size, ou seja, modelo de roupas para GORDOS.

Ai eu dou uma parada nos pensamentos e pergunto: se o nosso arquétipo de perfeição é aquela mulher peituda, bunduda, SEM CELULITE, e sem barriga, por que resolveram de uns tempos pra cá admitir modelos FARTAS (plus size pra mim é tapar o sol com a peneira)? Será que o mercado largou de mão os gulosos e resolveu lucrar também com roupitchas largas ou caiu na real que existem gordos felizes e saudáveis?  

Mas concluindo sem saber os reais motivos do mercado têxtil, achei interessante o FARTO no lugar do gordo. Parece que se chamar do que é na verdade vai soar preconceituoso, e não verdadeiro.  Nenhum o magro gosta de ser chamado de seco, na melhor das hipóteses magrinho.  O alto opta por 'jogador de vôlei', ou acolhedor ao ‘vara pau’. O branco prefere qualquer adjetivo exceto o transparente ou Parmalat. E o negro acha ‘massa’ ser chamado de negão, mas preto, já que virá em tom pejorativo, não.

Na verdade todo bom ser humano tenta encontrar subterfúgios para seus supostos defeitos, afinal é muito mais fácil ser farta ou plus size a GORDA, não é?!

29/02/2012

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Ser e também estar

Essa é a música dele que eu mais gosto

Eu sou do tipo de mulher apaixonada que adora receber flores sem motivos, bombom com cartão sem palavras, apenas com um = ) (sorriso), um ABRIR DE PORTA EDUCADO e um puxar de cadeira gentil. A minha cara deslavada não permite expor esses desejos, mas acredito que lá no fundo eu sou A AMANTE A MODA ANTIGA que Roberto Carlos citou no gênero masculino.

Sou do tipo que gosta de ELOGIO SEM GRANDES OCASIÕES, de um último beijo sem ser último, e de uma eterna primeira transa. Sou aquela romântica que se emociona ao ver beijos apaixonados em filmes ‘aguinhas com açúcar’ e ao ouvir ‘OUTRA VEZ’ do Rei. Sou daquelas que sonha com o vestido branco rendado da mãe, no corpo, e com a lua de mel digna de novela.

Sou a TIETA safada que um dia a Gabriela se espelhou. As Helena’s de Manoel Carlos, dramáticas e sofredoras por natureza, mas que amam desmedidamente. Também sou a CHIQUITITA que cresceu e agora adora aparecer. Nunca fui Sandy, mas sonhei inúmeras vezes com ela, que mesmo sem nome deixou os leitores de Ubaldo Ribeiro enlouquecidos com TANTA LUXÚRIA.

Talvez eu seja Maria, ou MADALENA. MÔNICA ou Magali, Minie ou MARGARIDA. Talvez eu seja Maiana que relê emails com lágrimas nos olhos, que sente o coração bater mais forte ao ouvir o toque de mensagem no celular e que ainda sonha com o príncipe no cavalo branco desgrenhado por causa do VENTO LITORAL, resgatando-a de algum apuro capital.

Mas principalmente, sou aquela mulher que sonha com o imperfeito e se deleita nas PEQUENAS PORÇÕES DE PERFEIÇÃO, que demonstradas diariamente são a realidade que floresce nos melhores SONHOS realizados à velocidade de cada canção que o Rei nos deixou de HERANÇA.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...